quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Crise de dignidade

Outro dia, ou outra noite, bati meu carro em uma calçada. Errei, confesso. Tomei um prejuízo considerável e uma chance de repensar meus hábitos. No dia seguinte fui checar como tinha ficado a calçada para que eu pudesse mandar consertar. Quando falei isso para algumas pessoas, e também contei que bati às 4h da manhã sem vivalma na rua, fui chamado de besta, otário e outros impropérios.
Tento jogar bola aos finais de semana. Todo sábado vou fazer raiva com o meu futebol pífio na AABB. No último sábado meu time quase levou um gol; nosso goleiro conseguiu salvar a bola por sobre a linha fatal. O atacante, relutantemente, pediu o gol ao juiz e ainda o xingou, mesmo estando bem próximo e sabendo que a bola não entrou.
Conheço um monte de gente que vive muito bem sem trabalhar e sei que isso é um sonho para muitos. A dependência é um vício. Um exemplo: onde estudo. Na Facimp é comum as piores notas estarem ligadas aos mais abastados, sem preocupação alguma.
Para mim, o que meu pai me ensinou está mudando. Não é mais vergonhoso mentir por qualquer coisa ou mesmo não devolver um troco errado ou algo que você encontre pelo chão com a identificação do dono.  Isso é o que eu chamo de crise de dignidade.
Na ausência de responsabilidades as pessoas sobem rapidamente a um nível mais alto do que pensam e isso vai desembocar em uma mania nacional: é muito fácil culpar os outros por tudo. No Brasil, todos sabem da prática já batida e cansada que é falar mal dos políticos. O problema é que, na questão representativa, o político é colocado lá por nós mesmos que depois caímos em devaneios anarquistas sem nem saber do que estamos falando.
Brincar de bicho grilo é muito cômodo. Muitos dos que fazem isso tem um gatonet, um gato de energia ou alguma negligência moral escamoteada. Partamos para as soluções, sem essa de voz que clama no deserto.
A questão não é apenas política, é moral e isso está claro. Só que quem está no micro não aceita ou não enxerga o seu espelho no macro. Mas nem todos são assim, é claro. Como nem todos os políticos são corruptos mas é bem mais fácil generalizar do que averiguar as coisas a fundo e essa é outra mania bem popular.
O Brasil, infelizmente, não é feito só de quem leva a culpa. Na verdade, e essa é a verdade mais triste de tudo, com excessões cada vez mais raras, o Brasil é corrupto como um todo.


Amigos

Melhor que comer manga se melando; melhor que matar um murisóca cheinha de sangue, melhor ainda que coçar aquela frieira no dedão do pé nos punhos da rede; melhor que tudo isso, é estar com os amigos e família.


















segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Stephan Doitschinoff

Não, ele não é alemão.

Mais conhecido como Calma, Stephan Doitschinoff é um paulista que esbraveja sua arte pelo mundo. O tema da religião está sempre presente nas pinturas de cores vibrantes e detalhes viscerais.






Gostou? Clica aqui que tem mais!


Salimp

Bem, a blogosfera tocantina escreve sobre o Salimp nessa semana e eu não poderia fazer diferente. Estive por três vezes nos dois primeiros dias do evento. A estrutura eu já conhecia de uma visita que fiz a cidade de Palmas, na data, imaginava quando Imperatriz teria um espaço montado daquele porte; foi breve, ainda bem.
Passei por todos os estandes (escrevo aportuguesado mesmo) e muita coisa boa e barata está a mostra. Na Ética editora me interessei pelo livro do blogueiro Carlos Hermes, como custava 15 paus fiquei pensando e resolvi arriscar ganhar um de presente do autor (tá lendo Hermes?). Rodando por lá, ainda na entrada, no primeiro estande, muitos livros baratos mas, o melhor de tudo eram os artigos de um réla. E foi assim que Bob Marley quase em tamanho real foi parar na parede da minha sala.
Cinco pilas! E uma máscara de gesso em formato cara de gato decora minha casa.
Procurei um literatura marxista para não dar ferrugem mental no curso de Direito e pasmei quando vi que, justo os livros do velho, eram os mais caros - paradoxal.
Topei com o Luís Diniz, com certeza mirabolando algo para hospedar no seu Hotel Subterrâneo.
Professor Pinho e sua Companhia Ilustre de Teatro estavam por lá. Professor Fernando e professora Regina também.
No domingo pela manhã, um momento de tensão. Fui abordado e depois mantido em cárcere (um semi-aberto) pela vendedora da Barsa Victor que tentava me vender um curso de Inglês. O legal é que começou em 2mil corrós, baixou para 1.200 e depois para milzim; saí de lá pra almoçar e creio que se tivesse ficado por mais quinze minutos levaria o curso debaixo do braço de brinde.
Ranking
- Local de variedade e melhor preço: TOP LIVROS
- Melhores Obras que não estão a venda: BIBLIOTECA PÚBLICA
- Melhores atendentes (Boas atendentes) : ÉTICA EDITORA
- Atendimento mais agressivo (no bom sentido): BARSA VICTOR
- Brindes: EDITORA ABRIL (Mas só balinha e um espelho)
E da-le Porto Franco mais uma semana. Pelo menos sexta tem seresta...

Para começar bem a semana!



Malu, nossa Malu!
Beijo, beijo do dindo!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Era uma vez no oeste


Foto na entrada da Texana em Imperatriz


Os prefeitos do sul do Maranhão deveriam dar uma passada em Porto Franco e olhar o brinco que é essa cidade. Trabalho aqui a quatro anos e a coisa só melhora. Entretanto, os motociclistas andam sem capacete e, em sua grande maioria, são menores de idade, todavia, a maioria da maioria é de meninas - Há!
Mas putaria de verdade, só na Texana, aos domingos, em Imperatriz. Quem quiser arriscar a vida em um ambiente repleto de bêbados armados pode comparecer todo dia do senhor naquele celeiro. Já passa da hora da polícia parar com essa de troca tapas com o proprietário. Para quem lembra, a pendenga começou durante a Expoimp quando, em cenas de guerra, a PM fechou a sucursal do inferno que funcionava dentro do Parque de Exposições, depois da 3h da matina, dando um prejuízo razoável para a casa, já que praticamente todos os clientes saíram sem pagar por conta da confusão.
O poder público tem de garantir a segurança, tiroteios e brigas são comuns por lá.
Acho que o pessoal levou muito a sério essa história de Saloon.



Se ainda tivesse por lá uma Claudia Cardinale, vá lá. Mas nem isso!


Salvamento


Ontem, por volta das 23h, estava de passagem para a Beira Rio ali pela Quinze de Novembro, mais precisamente em frente a igreja de Santa Tereza, quando avistei uma moto e uma jovem no chão já rodeada por populares. Estacionei e fui tentar ajudar - talvez por em prática os diversos treinamentos de salvamento que já participei. Quando cheguei, percebi que eram duas as jovens, uma estava totalmente debaixo do trailer da PM, e essa estava muito mal. Fui tentar ajudar, sem movê-la claro, tentando observar alguma lesão amenizando a dor e a colocando em outra posição depois de examinar a coluna. Tentava fazer isso quando fui retirado do local por um idiota da polícia militar que esbravejava: "Deixa a menina respirar, tu é médico por acaso?!". O troglodita acredita que só um médico pode prestar socorro. Mesmo após eu me identificar e dizer que sou exaustivamente treinado em práticas de salvamento o néscio não me deixou aproximar da vítima. Tentei eu, então, remover a moto que estava impossibilitanto a retirada da moça de debaixo do estábulo da PM quando fui "gentilmente" advertido pelo inepto que a moto deveria ficar lá para a perícia mesmo com o escapamento a queimar o pé da acidentada. Puxei a moto; não sou policial e para mim a dor, mesmo nos outros, é uma coisa desagradável. E a vontade essa hora era de mandar o PM tomar no cu! Ele e esse procedimento imbecil e ignorante!

P.S.: Mandar PM tomar no toba é crime, mesmo que o PM goste e mereça!
P.S.2: Os meus amigos da PM, se não entenderem a minha revolta, podem vir me prender!



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Literatura de Goró


Se você, é diferente de muita gente e precisa de motivo para beber, aqui está um: O Pequeno Livro de Destilados, uma obra da jornalista Suzamara Santos. Conseguindo se manter sóbrio vai lê-lo bem rápido. E por que? O livro é ótimo. Faz uma viagem pelo mundo e mostra os diversos tipos de bebidas desse braço da "marvada". Ainda ensina a fazer drink's, esclarece tudo sobre degustação, tipos de copo e formas de produção. Portanto, se gosta de cachaça, vodka, whisky, conhaque e outras dessas invenções do capeta. Clica no link lá de cima!
Quem não bebe, mas se enche de doce, é preconceituoso e usa os pejorativos "papudinho", "pé de cana", para quem sabe viver, lembre-se: Jesus bebia e fumava, certo que ele sabia ressucitar, mas a viagem é que vale a pena.


P.S. Comprei o meu aqui em Imperatriz numa banca de livros dentro da Facimp.
P.S.2. Toma com caju, limão, carambola, acerola. O importante é que esteja com alguém que goste.
P.S.3 Se eu escrevi um monte de bobagens nesse post, adivinha: O tubo já tá abaixo do meio e a noite tá se indo!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A cabeça do operário!


O que passa na cabeça do operário?
O preço do feijão na cabe no poema e muito menos na postagem. Também não gosto mais de Gullar, não pelo fato de seu Sarneyísmo, mas é que para mim Gullar dói, é mais ferro em brasa que simplesmente um Ferreira qualquer. Para mim Gullar é um poeta do meu passado e desse passado eu só quero Clarice.

Tenso, aqui faz calor! Todo sulista que vem pra cá ganhar uma nota e olhar - tocar e outras coisas - nossas meninas, reclama! Tchau! Ali na cabeça do operário o calor já foi controlado e transformado em dor contida; em um sentimento de ingratidão que eu não digo o porque.

O que eu penso quando estou me rachando no sol, é que esse sol me racha na praia do Cacau vez por outra e quase todo final de semana na piscina semi limpa da AABB. E ela está lá do lado, inimiga número um do calor, Loira, suada, cinzenta como canela de pedreiro!

Esse capacete, esse "Cabo Verde" é história de baiana, uma boa história de baiana, uma boa baiana contando história; e desgraçada me tirou pra escravo e hoje vivo de sol a sol.

A noite, as leis, mas, roubo a coisa pública, às vezes, e estudo ali mesmo na mesa que o governo me empresta, na minha baia. Pra ver se encontro com esse sol só na Praia do Cacau ou na AABB. Pra ver se um dia vai dar pra roubar uma coisa mais importante que mim mesmo.



Faça-me o favor!

Li uma matéria no site da Veja hoje pela manhã:


É cara, deve ser horrível! Voar de helicóptero para a escola e depois ir jantar na Europa.

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Na Suíça, depois de aperfeiçoarem o chocolate e inventarem o relógio cuco, prederam o Polanski. O cara degustou uma jovem em 1977 - isso mesmo - nos Estados Unidos e agora foi preso por conta disso na Suíça.
Famoso na Suíça não é tratado como famoso no Brasil. Se Polanski estivesse aqui daria cursos de como pegar uma gatinha, depois de como o sistema prisional na Suíça é exemplar com celas rústicas e três refeições diárias e só por último falaria de cinema.



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Viver a vida!

Fico imaginando o que porra que esse Manoel Carlos sabe de viver a vida se nas novelas dele os pobres não passam fome e andam sempre nos mesmos lugares dos ricos. E os ricos não trabalham um dia sequer nem pra cuidar da fortuna. Os textos são massivos e, venhamos e convenhamos, o Leblon não tem conteúdo para trezentas novelas.
Senta aí no sofá e sonha minha senhora, enquanto o fumo entra!

P.S. Nas fotos, o galã José Mayer em dois momentos.