sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Apagão mental da imprensa

Trabalho no setor elétrico jaz faz um tempo. Tempo demais até. Nesse lapso, os últimos quatro anos, diretamente com o setor de transmissão mais precisamente na área de manutenção, ou seja, enfrento os problemas do dia-a-dia com ferramentas nas mãos. Quando ocorre um fato entempestivo, um desligamento, o que o popular chama de apagão, fico ouvindo o que a imprensa tem a dizer sobre o assunto. E aí é um festival de obtusidades técnicas. A maioria dos especialistas que aparecem para dar entrevistas são professores, teóricos; quando partimos para a parte prática percebemos que especular é muito fácil.

A necessidade que a imprensa e a oposição ao atual governo tem de ligar fatos desconexos é impressionante. Tecnicamente só se aponta uma causa de um fato como esse depois de análises de relatórios disponíveis por equipamentos que monitoram outros equipamentos quando esses falham, e uma coisa é praxe: ninguém opina sobre o assunto sem uma análise detalhada. E isso não é por medo de errar, é por conta das muitas variáveis que o evento suscita.

As explicações não são convincentes. O erro da imprensa é o mesmo erro do governo. Não há um técnico para dar as devidas explicações. Ao Ministro, não se questiona a capacidade administrativa, mas a capacidade técnica é, indiscutivelmente, frágil.

A usina de Itaipu é uma das maiores do mundo. Seu corpo técnico é reconhecido como um dos mais diligentes da América Latina. E em um investimento como tal não poderia ser diferente. Mas é um sistema controlado por humanos, e esses são falhos. E além de todo o cuidado, a engenharia não tem a natureza nas mãos, não há como prever o que irá ocorrer amanhã com as condições climáticas; pode-se dizer: "Vai chover amanhã" mas qaundo e onde exatamente, em que intensidade? Qual a corrente que será provocada por uma descarga elétrica? Qual a voltagem dessa descarga? São perguntas que nunca terão respostas.

Política é política. Eletricidade é eletricidade. As duas só se ministuram quando olhamos que o Brasil é um país com dimensões continentais que detem hoje um sistema quase que totalmente inteligado, seguro e inteligente, comandado por despachos locais subsidiários de um despacho nacional que monitora todo o país em um sistema de comunicação moderno de altíssima velocidade e totalmente independente das pseudo-comunicações disponíveis para nós que pagamos caro a concessionárias e só nos chateamos.

O apagão mental da imprensa tem uma capa de direitismo e rancor, todos sabem. O que falar sobre uma questão técnica sendo tratada por Alexandre Garcia? A imprensa, desde sempre, tem a quem servir. A mídia independente é escamoteada e reprimida. O jornalismo perdeu a graça, ou pior, caiu em desgraça. A desgraça da qualquer coisa, qualquer notícia, qualquer fato que possa fazer fumaça.



terça-feira, 3 de novembro de 2009

A ciência de Luto


Morre, aos cem anos de idade, o antropólogo Claude Lévi-Strauss.


Bibliografia publicada no Brasil*
  • As Estruturas Elementares do Parentesco (Vozes, 2003)

  • Antropologia Estrutural (Vol. 1) (Cosac Naify, 2008)

  • Antropologia Estrutural (Vol. 2) (Tempo Brasileiro, 1993)

  • O Pensamento Selvagem (Papirus, 2005)

  • Sociologia e Antropologia, de Marcel Mauss (introdução de Claude Lévi-Strauss, Cosac Naify, 2003)

  • O Cru e o Cozido - Mitológicas (Cosac Naify, 2004)

  • Do Mel às Cinzas - Mitológicas (Cosac Naify, 2005)

  • A Origem dos Modos à Mesa - Mitológicas (Cosac Naify, 2006)

  • O Homem Nu - Mitológicas (Cosac Naify, 2009)

*Fonte: Globo.com

1001 Discos para ouvir antes de morrer


Um grande amigo comprou esse livro recentemente. Navegando hoje pelo Tarja Preta encontrei um post interessantíssimo. Nesse LINK você pode baixar TODOS os discos que estão no livro. Isso é muito bom. Aí vem uma galera - Natal agora pouco você escreveu sobre dignidade e agora coloca um link para piratear na internet. Ora, a base da internet é a cópia. Esses links estão lá, e os Cd's não são baratos, aliás, alguns só existem na internet mesmo. Baixemos pois ou então a net vira a TV, ou seja, um lixo unilateral.