segunda-feira, 28 de junho de 2010

Partidarismo, memórias e atualidade

É sabido que, hoje, os governos são pragmáticos mas, política boa é aquela que você apanha de polícia na rua. O porque disso eu vou tentar explicar: Quando você vai atrás de um ideal, quando ergue uma bandeira, quando passa a viver um sonho e a ele se agarra, as lutas são parte de tudo. Protestos, barricadas, propaganda, tudo vale quando o sonho de mudar a realidade persiste.
O que vejo hoje no Maranhão é que isso não existe mais. É claro, isso é uma opinião pessoal e como tal é limitada ao meu limitado conhecimento, observação e prática política. O apoio do PT a duas bandeiras é o limiar de uma condição sem precedentes onde a ordem pragmática deixou para trás a moral partidária idealista.
Quando estava no movimento estudantil, tinha uma crença e minha crença baseava-se no estatuto feito por e para os estudantes. Na época - hoje eu não sei - a UMES era uma união estudantil apartidária, coisa que, na realidade nua e crua nunca aconteceu. O embate entre PT e PSB na eleição de 2002 terminou em confusão, brigas, vereadores, sindicalistas e o pior de tudo: estudante socando estudante na cara. Estava lá, bati e apanhei.
Parece só uma memória, mas na eleição posterior vi JB ser empossado por Magno sem nenhuma legitimidade em mais uma manobra partidária dentro da eleição da UMES. Isso aconteceu na AABB. As coisas, a essa altura, não eram sequer feitas de uma forma velada.
Movimento estudantil, partidário, grêmio, eleições, acho que aquilo que ocorreu no início da década que termina era o prelúdio do fim. A moral partidária está em crise. Os políticos profissionais deixaram de ser exclusividade da direita progressista - uso direita e esquerda ainda porque no esboço histórico isso cabe - e passaram a gerar filhotes nos rincões partidários de esquerda onde, uma vez depositados os ovos de basilisco, a eclosão da corrupção é questão de tempo.

P.S. Pergunte na rua: O que é corrupto? Nunca, em qualquer rua do Brasil, alguém vai responder que se trata de crustáceo decápode, ou seja, a corrupção corrompeu até o seu nome. Corrupto hoje, é sinônimo de político. Devíamos ter vergonha disso.

P.S.2. Político pragmático no meu dicionário: Joel Costa do PP (Partido do Prefeito), Enéas Rocha ( naquele episódio de entra e sai do PT- hoje competente secretário de Madeira, verdade seja dita).

P.S. 3. Pronto, agora chame os amigos, vista sua camisa oficial, junte três ou quatro vuvuzelas e vá a luta pelo HEXA junto com o Brasil dos Crustáceos!


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