Que a África é um continente com problemas sérios, um caos na Terra, uma parte do mundo esquecida e pobre, isso era do saber de todos, porém os filmes são incisivos e chocantes apesar de tudo. A guerra entre etnias nunca tinha sido mostrada de forma tão sangrenta e real como em Hotel Ruanda do diretor irlandês Terry George. Em nenhum outro momento a forma reveladora com que o contrabando e o tráfico de influências decidem quem vive e que morre no continente africano, tinha sido abordada como no ótimo filme, O senhor das armas com o ator Nicolas Cage. O diretor brasileiro Fernando Meirelles nos proporciona muita dor com a causa humanitária em favor dos africanos doentes e contra a indústria farmacêutica exploradora em o Jardineiro Fiel, em uma atuação impecável do já premiado Ralph Fiennes. A cobiça, o lucro e a influência estrangeira, aliados à consagração de Leonardo de Caprio e Djimon Hounsou fazem de Diamante de sangue um filme tocante e arrebatador.
Esse quadrado nos proporciona uma visão clara do continente negro. É impossível ficar indiferente à qualquer uma das obras. O problema africano é real, e não é só da África, muito pelo contrário, é responsabilidade de todos.