Morre Michael Jackson.
O aclamado Rei do Pop faleceu ontem (25/06/2009) na cidade de Los Angeles. Com a morte de Michael se vai um ícone do século XX, por mais que isso não seja importante a algumas pessoas. A cultura Pop, para muitos, não é cultura, é um aspecto popular transitório, não arraigado; é o que ocorre com as ondas de pagode, funk e outros do gênero do submundo da música que volta e meia despontam na mídia para depois aparecer
esporadicamente em programas de "por onde anda fulano". Quando se fala de Michael Jackson a história é outra; talvez nenhum outro artista tenha vivido tanto o seu trabalho como ele. Fez-se isso a ponto de chegar às raias da demência. Seus figurinos ultrapassaram a barreira do palco, suas fantasias se tornaram reais - como a vontade de ser Peter Pan, que o fez construir um rancho com o nome de NeverLand, Terra do Nunca, onde morava o menino voador com as crianças perdidas lutando contra o Capitão Gancho.
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Michael marcou gerações. Na década de oitenta ninguém foi como ele. O disco Thriller (1982) é o mais vendido da história da música. Na época o astro na ganhou o prêmio da MTV (MTV Awards) o que levaria a própria emissora a elencar esse episódio como uma das dez maiores piadas sem graça da história da música. Desde de jovem Michael se mostrava um artista completo. Sua dança, voz e ritmo não tem precedentes; baladas românticas (You are not alone) e dançantes (Beat it) faziam de Michael um artista de gênero próprio. Clips superproduzidos e impecáveis como o próprio Thriller são inesquecíveis. Coreografias pouco comuns e arrojadas - quem nunca pelo menos tentou o Moonwalk?- eram suas marcas.
Sucesso, fama, uma família desestruturada. A de se falar que Michael durou muito com a saúde debilitada e os sucessivos baques na vida pessoal como os escândalos com pedofilia, devidamente
esclarecidos pela justiça americana ao inocentar o cantor em 2005, e sua visível falência. A cabeça de Jackson já dava sinais de fraqueza com o episódio do bebê na janela em 2002. Na época a revista veja publica um número com a manchete de capa: "Michael Jackson, a demência do astro".
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Um ídolo se vai, sem dúvidas. Um som no fundo de todas as festas que frequentamos na nossa infância - eu e outros bebês da década de oitenta - e adolescência. Uma imitação de uma coreografia, uma roupa com brilhantes. Morre Michael Jackson, um menino que encantou o mundo, um jovem que conquistou milhões e não chegou a idade adulta.