segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Pirataria e Promoção! And the Dvd goes to...


Não foram muitas respostas, mas fiquei muito contente com o nível das que chegaram. E fico feliz em publicar nesse blog com a certeza de uma certa interatividade que rompe a barreira estadual. Esse projeto, ao lado do DireitoFacimp, não pretende lucratividade ou coisa do tipo. A intenção aqui é pura e simplesmente difundir, interagir e aceitar novas idéias. A cidade em que vivo - assim como a imensa maioria das cidades do país - passa por centenas de tragédias todos os dias e acredito que tudo isso esteja ligado à educação ou à falta dela.

Essa é uma iniciativa pessoal que já está conseguindo adeptos; pessoas como Cairo Noleto:

"Por que você compraria ou não uma pirataria?"


Vou responder a pergunta indiretamente, eu sou a favor de uma política econômica mais justa.
Infelizmente, os altos juros mostram que mesmo assim, o investimento internacional industrial no nosso país não recebe a infra-estrutura necessária para a criação no Brasil de produtos que possam concorrer internamente com produtos internacionais.
Na área da informática (minha área) existe uma taxa de importação, fora juros de deslocamento entre estados, entre outros, de 60% sobre o valor do produto. Seria uma taxa justa, para incentivar a industrialização se, eu digo se, o Brasil fabricasse estes produtos.
Um produto que é fabricado aqui, e que por conta da alta taxa de juros e custos, sai mais caro do que o mesmo feito em outro país são os carros. Uma matéria no invertia (Site do Terra) mostrou no ano passado os carros mais baratos do mundo, entre eles estavam um Uno Mille, que era vendido por menos de U$ 6000, sendo aqui no Brasil, sendo o mesmo vendido por um pouco mais de R$ 22 000 (Mais de 3 vezes mais se considerarmos a taxa cambial de R$ 2,00 por U$ 1,00).
E o que tudo isso tem haver com a pirataria?
A pirataria não é mais do que o próprio reflexo dessa política. Um filme em DVD, em lojas online como a amazon, custa de U$ 5 até U$ 15, e considerando a taxa de importação, saem menos ou pelo mesmo preço dos produtos nacionais. Eu prefiro tomar como comparação livros, o livro no Brasil é muito caro, chegando a diferenças de 100 até 200% entre os custos internacionais dos nacionais.
Por isso reafirmo, sou a favor de uma política econômica mais justa.


Cairo Noleto, Teresina PI.




Meus parabéns pela organização das idéias Cairo. Seu prêmio está a caminho.



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Cristovam Buarque em Imperatriz?

Cristovam Buarque era o chamado candidato de uma nota só nas últimas eleições presidenciais. A nota de Buarque era a educação. Nas entrevistas durante a campanha o candidato chegou a ser motivo de piada pela insistência em hastear essa bandeira. No fim, Lula foi reeleito com alguns corpos de vantagem sobre Cristovam, que nem chegou perto do segundo turno.

A campanha de Cristovam me veio à mente essa semana em duas situações muito relevantes para a educação em Imperatriz. Os casos estão situados nos dois extremos do processo educacional: educação básica e ensino superior. Em ambos casos o caráter de libertação da educação é puramente ignorado e substituído pela ânsia econômica, pelo desejo de poder e pelo jogo político.

Durante essa semana ocorreu a demissão em massa de professores do curso de Enfermagem na Faculdade de Imperatriz. O motivo: baixa nos salários. Quem estuda na Facimp – quem realmente estuda na Facimp – compreende que a instituição ainda não adquiriu a visão acadêmica necessária para se trabalhar com educação em nível superior. As campanhas comunitárias são relevantes apesar de terem um valor institucional puramente publicitário. A pesquisa não é realizada e sequer motivada, salvo por professores que insistem em nadar contra a corrente da ignorância. Para se trabalhar com educação é necessário paixão; não aquela paixão de cunho pecuniário característica de grandes investidores econômicos que implantam na sociedade a necessidade de “matar” seu oponente no mercado financeiro.

Na próxima semana ocorrerá uma auditoria nos recursos destinados à educação básica no município, o FUNDEB. O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino de Imperatriz (STEEI) alega que o percentual previsto em lei – 60 por cento, de um montante total de mais ou menos 30 milhões de reais fora outros 5 milhões vindos de recursos próprios – não foi repassado de forma correta. Isso não obstante as contas terem sido já aprovadas pelo conselho criado para a fiscalização desse recurso; conselho esse composto por representantes de diversos seguimentos interessados, inclusive do próprio STEEI. Eu estive pessoalmente no STEEI há quase dez anos atrás – na época consistentemente engajado no movimento estudantil - e hoje me espanta a baixa rotatividade na direção sindical, uma vez que a rotatividade é sinal claro de um movimento democrático nas bases sociais. No mínimo deveríamos desconfiar de uma pantomima trabalhista em prol de uma classe enquanto o que ocorre é um jogo duríssimo de poder e interesses políticos.

A semana não foi de todo ruim. Junto com todas essas notícias a mais interessante recebeu a devida atenção da mídia em entrevista do secretário municipal de educação. Infelizmente não foram mais que quinze segundos a divulgação da adoção de um sistema de ensino qualificado e integrado para a esfera municipal. A iniciativa é louvável e só esperamos que evolua. Compreendemos que pacotes teóricos prontos podem não surtir efeito em situações sociais diversas o que se faz necessário a adaptação desse sistema para a realidade crua imperatrizense.

O candidato de uma nota só estava certo? E se estava por que não foi eleito? Implodir um sistema que se baseia em políticas de influência, como os exemplos citados acima, não é tão simples assim. Muitos não votaram em Alckmin pela forma agressiva com que atacou Lula no debate da Globo. Muitos não votaram em Lula por causa da campanha maçante da Globo contra as pretensões petistas de gestão – pretensões essas maléficas ou benéficas, a essa altura da corrida presidencial perde-se o pudor. E a grande maioria que votou não consegue responder, hoje, o porquê do seu voto; eles não foram educados para isso. Mais um ano eleitoral se inicia; e seria ótimo termos pelo menos uma opção parecida com Cristovam para a cadeira do executivo municipal. Alguém para perder feio falando em educação, lançando semente nas pedras.


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Arcade Fire



É a primeira vez que escrevo sobre música internacional diretamente, sendo assim não tento tecer aqui uma crítica, longe disso, quero apenas deixar registrado para quem lê esse blog que assim como citei Nação Zumbi como uma das melhores bandas do Brasil na atualidade - e na minha opinião é óbvio -, acredito que não tenha ouvido uma coisa tão clara e envolvente - em inglês - como Arcade Fire. O grupo canadense é relativamente jovem - a formação é de 2003 - e tem dois albuns lançados: Funeral (2004) e Neon Bible (2007). A banda é tida como de Indie Rock, ou rock independente - um artista liberto é um artista mais produtivo. Outra característica que torna o som da banda ótimo é o uso de intrumentos incomuns ao rock clássico como violinos, xilofone, acordeão e harpa; em suma: uma mistura que se encaixou muito bem. E Arcade Fire não é uma banda feita apenas de arranjos - sem bem que esses por si já sobram - as letras tem algo a dizer:

Don't wanna work in a building downtown
No, I don't wanna work in a building downtown

I don't know what I'm gonna do

Cause the planes keep crashing always two by two
Don't wanna work in a building downtown
No, I don't wanna see it when the planes hit the ground


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P.S.: E por falar em música, ainda está valendo a Promoção do DVD/CD do Titãs. Até dia 24 de fevereiro você pode escrever respondendo a pergunta: "Por que você compraria ou não uma pirataria?". E já está concorrendo! emails para: natal_marques@hotmail.com



sábado, 9 de fevereiro de 2008

A luz do mundo nos meus olhos

Sugiro a qualquer pessoa a experiência pela qual passei ontem: assisti a um parto. E quando Maria Clara chorava pela primeira vez com sua imponência de 3,155 kg, pensei em responder a ela da seguinte forma:

- O mundo ainda acha que devemos nos guiar pelas diferenças e não pelas semelhanças, Maria Clara.

- Queimamos e sujamos tudo que tocamos; fazemos isso pelo fato de acharmos que o mundo sempre durará mais do que nós.

- A vida pode ser boa, mas não vai ser fácil e nem sempre saudável.

- As razões só serão ditas posteriormente ao que foi feito de bom, aquele sentimento de revolta diante do errado vai ficar sem resposta.

- Sua mãe e seu pai, terão opiniões inversas às suas num determinado momento da sua vida, contudo nem você nem eles estarão errados. Mas no final a opinião deles é sempre a melhor escolha.

- Sua família vai te decepcionar; mas não mais que as pessoas de fora da sua casa.

- Nesse mundo, meninas como você são presas em cadeias andrógenas, faça sempre o certo.

- Nesse mundo, meninos são arrastados em carros pelas ruas de grandes cidades para a dor geral da nação. Essa dor durará uma, duas semanas ou até a próxima tragédia.

- Aqui não se perdoa incompetência; que se fosse rasgada ao meio mostraria sua verdadeira face: a da falta de oportunidades.

- Aqui é um lugar onde a terra, a religião ou um muro podem valer mais que um milhão de vidas.

- A maioria de nós que aqui estamos não crê na igualdade, apesar de pregá-la e estampa-la em camisetas.

- Aqui você pode escolher vários deuses, sendo todos, um só.

- Mas adiante descobrirá que precisa ser aceita, aí sim, sem saber, estará aderindo à plutocracia.

- As noites serão violentas e perigosas, os dias não terão todo o brilho que mostra a televisão.

- Um dia você acordará e seu pai não estará mais com você.

- Um dia irá dormir incomodada com a ausência dolorosa da sua mãe.


Acredito que isso tudo tenha deixado você triste, é muito para uma pessoa que só agora apareceu. Mas tenho certeza que você não veio aqui por acaso e saber dos problemas do mundo vai ajudar você a não ignora-los, mas enfrentá-los de frente. Mudar é uma coisa necessária, fundamental; e para isso o mundo precisa de você.



quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Tipo Exportação




Pop est
á repleto de referências a drogas

Um levantamento feito por pediatras americanos constatou que a música popular dos Estados Unidos está inundada de letras que fazem referências ao consumo de drogas, álcool e tabaco.

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Isso é nada comparado à célebre canção Latina:

Sem Noção

Composição: Latino

Olha, sem noção
Meu irmão! Que Avião!
Que Tesão! Nossa!
Que Balão! Que Melão!
Que Capusão! E tudo Ão!...

Refrão:
(Choramingando)

Ela tá de mala cheia
Vou articular
Vai cair na minha teia
Se me ver chorar
Vou dar uma de tadinho
Prá ela consolar
E no enganation do chorinho
Eu vou acasalar...

Refrão:
(Choramingando)....


Clicando aqui você vai passar por uma experiência incrível. Essa é da boa! Produto nacional. So good! Mas só a primeira é de graça, depois tem que pagar.


P.S.: Ainda sairemos desse barril de lama.



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Foi carnaval...



É o carnaval acabou, pelo menos até o final de semana quando começam as festas de lava-pratos. Infelizmente muitos se excederam e no ano que vem não poderão participar da folia - pelo menos não nesse mundo.
Feliz ano novo! Afinal, para muitos o ano só começa depois do carnaval; agora sim é hora iniciar mais uma fase de procrastinação entre muitas: parar de fumar, parar de beber, entrar na academia, ler aquele livro e até mesmo parar de ficar parado.
Além de tudo o carnaval serve para isso; prosseguir com a leniência provocada pelas festas de fim-de-ano em que todo mundo adora um recesso ou uma folga do trabalho, faculdade, casamento, filhos...
O carnaval acabou, agora é quaresma. Salve quem encheu esse calendário de feriados que nos atrapalham na hora de realizar nossas vontades.


P.S.: A promoção continua, escreva para mim dizendo porque você compraria ou não um produto pirateado e concorra a um DVD/CD do Titãs (original) acútico MTV. - emails para: natal_marques@hotmail.com



domingo, 3 de fevereiro de 2008

Pirataria e Promoção!

Semana passada tive o prazer de revisitar a cidade que por um ano foi o meu lar: São Luís. Estando lá - a trabalho - aproveitei para rever lugares e amigos antigos. Em um desses encontros fui abordado por um ambulante enquanto degustava um cachorro quente; o jovem que a mim se dirigiu vendia Dvd´s pirateados de todos os gêneros. - Não obrigado. Disse eu, mas meu amigo se interessou e resolveu comprar. Outro amigo que estava na mesa não aceitou a atitude de nosso companheiro e resolveu lutar até o fim com os mais convincentes argumentos - inclusive citando mutilações de chineses ou indianos durante a fabricação das mídias - contra a aquisição do bem falsificado.
No final, ele levou para casa da mesma forma. Ok. Pirataria é crime! Está na lei em algum lugar - como sou estudante de Direito não decoro leis, estudo-as; e essa ainda não estudei - é corrupção, é feio e quem o faz tem mau-caráter, ops! Será que é opção ou necessidade; não sei. E para saber disso deveríamos estudar caso a caso gerando infinitas variáveis; sociologia do desengano.
O que é observável é que o povo se vira como pode, até roubando ou matando para fazê-lo. Isso não é aceitável, é regressão. Mas você já deve ter passado por uma lata de lixo e visto a dignidade de alguém lá dentro.
Com essa história resolvi lançar a primeira promoção desse blog. A melhor resposta para a pergunta: "Por que você compraria ou não uma pirataria?", vai levar um CD e DVD do Titãs acústico MTV (original).

É só escrever para o meu e-mail:

natal_marques@hotmail.com

A resposta mais embasada ou criativa vai levar o prêmio. No dia 25 de fevereiro divulgarei o resultado com o nome do ganhador aqui no blog.




sábado, 19 de janeiro de 2008

Futebol e Filosofia

Quem disse que não tem filósofos no futebol?







sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

The Mummy Returns

Lula confirma Lobão como ministro de Minas e Energia

Plantão | Publicada em 16/01/2008 às 20h15m

GlobonewsTV

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de anunciar que o senador Edison Lobão (PMDB-MA) é o novo ministro de Minas e Energia.


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Agora a Usina de Serra Quebrada e o dinheiro dos Garimpeiros da Serra Pelada vão sair. Vão sair do foco do ilustríssimo Imoteph do Maranhão.

"Você confiaria nesse homem para instalar uma tomada na sua cozinha?"

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Da polícia e do Povo


Com certeza o filme mais badalado de toda a história do cinema nacional foi lançado no ano passado. Tropa de Elite do diretor José Padilha foi um sucesso e um paradoxo. Um filme que pretende mostrar a corrupção e assim combatê-la, foi pirateado e vendido aos milhares antes mesmo de estrear nos cinemas. A história narrada pelo personagem Capitão Nascimento já se transformou em tudo, de funk a boneco para crianças. E hoje já se admite que o sucesso do filme, sua popularidade, se deu muito graças à divulgação promovida pelos pirateiros, o que fez com que o filme caísse nos “braços do povo”.

Contudo, algumas coisas me causam espanto: será que a resolução de problemas causados pela violência se dá com a aplicação de mais violência? A quantas anda a imagem da polícia após o desnude propiciado pelo filme? Ou ainda, como pode ser possível, em um país que pretende desposar o desenvolvimento, que os heróis sejam torturadores e assassinos?

Recentemente o Maranhão reforçou o seu corpo de Policia Militar. Foram mais de mil neófitos na corporação admitidos através de concurso público. A instituição recebeu investimentos estruturais para agregar os novos policiais que, após passarem por um treinamento duríssimo acabaram por se formar no final do ano de 2007.

Uma iniciativa louvável. Todavia os estigmas de torturador, corrupto, violento e autoritário ainda estão impregnados na farda azul da nossa polícia. E não por uma herança da ditadura militar como muitos pensam. Os tempos, inegavelmente, são outros e há um panorama democrático contagioso e relevante que deveria suplantar as formas de repressão social autoritárias. A tecla mais uma vez a ser tocada é a da educação; sem ela não há como o povo saber que é povo e que a segurança é um direito. Na periferia de Imperatriz - onde vive a grande maioria da população – diz-se que é melhor ter problemas com um bandido do que com um policial; o primeiro ainda teme a punição, o segundo não.

Esperamos que a nova polícia consiga expurgar a imagem que a corporação detém perante o povo imperatrizense. Há um grande número, entre os novos policiais, de universitários; o que eleva o nível da educação do policiamento; crê-se que pessoas que prezam pela educação já escolheram outro caminho que não é o da corrupção. Cabe agora ao comando geral da polícia do Maranhão investir em campanhas que aproximem a polícia da população em um sentido cooperativo contra a violência e a criminalidade.

Quando nossos heróis deixarem de ser os opressores e passarem a ser os parceiros da ordem e da ilibação, aí sim estaremos no caminho certo. Quando tivermos a certeza que o descumprimento dos deveres não será relevado com uma propina, nesse dia, teremos dado um salto para um lugar de onde não poderemos mais voltar. Seremos os donos de nós mesmos, possuidores de um bem inalienável: o conhecimento. Impossível, não; difícil, certamente o será; mas só até esse dia.


quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

TV Digital e conteúdo!

Há uns dias lia o Blog do Alexandre Inagaki e achei interessante a opinião dele sobre a TV Digital. Citava o blogueiro que era perda de tempo falar sobre como poderemos assistir o Faustão, Gugu e outros em alta resolução. Ou seja, não vai fazer a menor diferença a TV continuará sem muito conteúdo.
Carro-chefe da revolução tecnológica do século XX a televisão ainda reina na mídia o que acontece muito graças à exclusão digital. A grande maioria da população ainda fica de olhos vidrados ante a a caixa de luz na hora da novela das oito da Globo ou Record (agora se pode escolher entre a história da favela onde não há bandidos oprimindo a população, ou os vampiros e lobisomens toscos da rede da Igreja Universal). Logicamente a TV tem seu papel importante e talvez os bons programas (quando digo "bons" não falo do "Programa do Jô", longe disso) não sejam comentados nos pontos de ônibus pelo simples fato de serem de difícil entendimento ou fugirem à realidade das massas - nunca vi alguém falar sobre as belas orquestras mostradas pela TV Senado quase diariamente.
Pelo visto teremos de nos contentar por muito tempo ainda com as bundas do BBB e as barrigas saradas do Caldeirão; o que não é de todo ruim, consigo enxergar uma melhora: perdemos a banheira do Gugu e com ela foram-se os peitos do domingo.


terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Nação é Nação!



Ouvi Nação Zumbi pela primeira vez no início do ano de 2005. A batida de "Blunth of Judah" desde então não foi mais por mim esquecida. Comprei todos os Cd's e baixei alguns vídeos da internet. Nação é uma banda fora de mídia, uma música que para muitos soa estranha, uma mistura de guitarra com maracatu. Fruto do movimento Manguebeat em Recife, após a morte de Chico Science a música da banda ficou mais introspecta mas não menos combativa. A repúdia pela mídia tem um motivo simples: a associação entre a alienação que ela proporciona e as mazelas sociais. Por tal razão é que não vemos entrevistas da banda no covil de direitistas do Jô Soares ou no circo dominical de Fausto Silva.
Em 2007 a banda lançou o CD "Fome de Tudo" e outra vez se superou, o disco traz como carro-chefe a música "Bossa Nostra" e outras ótimas. Não se impressione se ouvir e não entender nada, muita informação precisa de tempo para ser processada por isso a diferença de popularidade entre uma canção da Banda Calypso - onde só se ouvem onomatopéias e outras coisas de nível sub-humano - e uma sonata de Bach.
Portanto ouça, reflita e emita uma opinião consistente. A arma do ignorante é taxar de ruim o que ele desconhece ou não tem condições de compreender.