segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O natal já passou

Ok, ok. Natal para mim é mais que uma época de ouvir piadas: "Feliz natal, Natal!" - é a campeã. Esse ano fiz uma aventura por entre as entranhas das paraenses; estradas de chão, mais lama do que chão, pontes desabando riachos maravilhosos e chuva, muita chuva.
Quem estiver com vontade de visitar Novo Repartimento no Pará, - essa é uma pergunta tão insólita, simplesmente porque não existia ninguém além de mim com essa vontade - vá devagar e com um off-road. A paisagem é paradisíaca e graças ao filho da puta punguista que levou minha câmera digital  não tenho nenhuma foto para mostrar aqui.
A miséria em que vivem aquelas vias, de tráfego pesado sem asfalto e com contratos milionários de manutenção por empreiteiras, é um tapa na cara desses que eu só tinha visto aqui pelo Mará.
E por falar em Mará, passei também por Marabá, mas só passei e não tenho nada pra falar.
Foi uma bela de uma semana alcoolica. Uma pena que acabou.
Amanhã, trabalho, depois folga e cana e amor de novo.


Carteado saudosista - RIP

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Cachaça da boa



Depois de passar mal com uma Vodka de frutas, nesse final de semana tive a oportunidade de provar uma das melhores cachaças das que conheço. A canelinha.
- Ah mas é cachaça! Dirão, mas eu gosto e aprecio.
E pra tomar cachaça esqueça aquele gole de virar copo. A técnica para sentir o gosto sem aquela queimação da desgraça nos bofes é a seguinte:
- Faça um pequeno gole, enchendo debaixo da língua.
- Retire todo o ar que tem nos pulmões pelo nariz. O contato da bebiba com o ar no esôfago é que causa a queimação.
- Engula. Vai esquentar de baixo para cima uns três segundos depois mas não vai chegar a garganta.
Lógico, isso tudo não adianta se você quiser beber uma porcaria de Caninha da Roça, 51 ou Pitu por exemplo, contra esses venenos não há antídoto.
P.S. Tá, tá, tem lá no Gatinhu´s e a dose custa o olho da cara.
P.S.2. Mas que é boa é!


Da Barbárie

Estou aqui de volta para os meus dois leitores. Aqui depois de ter minha câmera digital furtada, meu carro batido e de minha gata ter fugido. Voltei e a gata também dois dias depois, prenhe.
Nesse meio tempo fiz 25 (Vinte e cinco) anos. E terminei mais um período desse bendito curso de Direito que está na metade e que não acaba nunca. Apesar de ser cansativo é bom estar na Faculdade, é lá que, de uns tempos pra cá eu encontro alguma motivação para meus projetos mas, é lá, também, que passo por algumas decepções.

Aos fatos:

Ex-aluna de Direito foi presa na semana passada dentro da Facimp tentando furtar um notebook. Essa prática estava se tornando comum por lá. Até aí tudo normal. Uma pessoa envolvida com drogas e com outras de má índole furtar para manter o vício é até uma coisa inteligível. O que eu não aceito, antes de não entender, é o corpo discente de uma faculdade partir para um linchamento e posterior depredação do patrimônio público.
Depois de tentar agredir a moça - que além de furtar na Facimp é acusada de cometer delitos dentro de um motel da cidade - os alunos (é bem cabível, já que aluno significa aquele que é sem luz - eu sou estudante) ainda partiram para cima da viatura da polícia aos pontapés. Educação nada tem haver com dinheiro. Dessas pessoas o máximo que se espera é a mediocridade.

Minha gata voltou, meu carro tá legal de novo, só tenho que trabalhar mais uns três meses para cobrir o prejuízo. A câmera? Essa eu perdi, junto com as fotos dos meus Vinte e cinco anos.


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Apagão mental da imprensa

Trabalho no setor elétrico jaz faz um tempo. Tempo demais até. Nesse lapso, os últimos quatro anos, diretamente com o setor de transmissão mais precisamente na área de manutenção, ou seja, enfrento os problemas do dia-a-dia com ferramentas nas mãos. Quando ocorre um fato entempestivo, um desligamento, o que o popular chama de apagão, fico ouvindo o que a imprensa tem a dizer sobre o assunto. E aí é um festival de obtusidades técnicas. A maioria dos especialistas que aparecem para dar entrevistas são professores, teóricos; quando partimos para a parte prática percebemos que especular é muito fácil.

A necessidade que a imprensa e a oposição ao atual governo tem de ligar fatos desconexos é impressionante. Tecnicamente só se aponta uma causa de um fato como esse depois de análises de relatórios disponíveis por equipamentos que monitoram outros equipamentos quando esses falham, e uma coisa é praxe: ninguém opina sobre o assunto sem uma análise detalhada. E isso não é por medo de errar, é por conta das muitas variáveis que o evento suscita.

As explicações não são convincentes. O erro da imprensa é o mesmo erro do governo. Não há um técnico para dar as devidas explicações. Ao Ministro, não se questiona a capacidade administrativa, mas a capacidade técnica é, indiscutivelmente, frágil.

A usina de Itaipu é uma das maiores do mundo. Seu corpo técnico é reconhecido como um dos mais diligentes da América Latina. E em um investimento como tal não poderia ser diferente. Mas é um sistema controlado por humanos, e esses são falhos. E além de todo o cuidado, a engenharia não tem a natureza nas mãos, não há como prever o que irá ocorrer amanhã com as condições climáticas; pode-se dizer: "Vai chover amanhã" mas qaundo e onde exatamente, em que intensidade? Qual a corrente que será provocada por uma descarga elétrica? Qual a voltagem dessa descarga? São perguntas que nunca terão respostas.

Política é política. Eletricidade é eletricidade. As duas só se ministuram quando olhamos que o Brasil é um país com dimensões continentais que detem hoje um sistema quase que totalmente inteligado, seguro e inteligente, comandado por despachos locais subsidiários de um despacho nacional que monitora todo o país em um sistema de comunicação moderno de altíssima velocidade e totalmente independente das pseudo-comunicações disponíveis para nós que pagamos caro a concessionárias e só nos chateamos.

O apagão mental da imprensa tem uma capa de direitismo e rancor, todos sabem. O que falar sobre uma questão técnica sendo tratada por Alexandre Garcia? A imprensa, desde sempre, tem a quem servir. A mídia independente é escamoteada e reprimida. O jornalismo perdeu a graça, ou pior, caiu em desgraça. A desgraça da qualquer coisa, qualquer notícia, qualquer fato que possa fazer fumaça.



terça-feira, 3 de novembro de 2009

A ciência de Luto


Morre, aos cem anos de idade, o antropólogo Claude Lévi-Strauss.


Bibliografia publicada no Brasil*
  • As Estruturas Elementares do Parentesco (Vozes, 2003)

  • Antropologia Estrutural (Vol. 1) (Cosac Naify, 2008)

  • Antropologia Estrutural (Vol. 2) (Tempo Brasileiro, 1993)

  • O Pensamento Selvagem (Papirus, 2005)

  • Sociologia e Antropologia, de Marcel Mauss (introdução de Claude Lévi-Strauss, Cosac Naify, 2003)

  • O Cru e o Cozido - Mitológicas (Cosac Naify, 2004)

  • Do Mel às Cinzas - Mitológicas (Cosac Naify, 2005)

  • A Origem dos Modos à Mesa - Mitológicas (Cosac Naify, 2006)

  • O Homem Nu - Mitológicas (Cosac Naify, 2009)

*Fonte: Globo.com

1001 Discos para ouvir antes de morrer


Um grande amigo comprou esse livro recentemente. Navegando hoje pelo Tarja Preta encontrei um post interessantíssimo. Nesse LINK você pode baixar TODOS os discos que estão no livro. Isso é muito bom. Aí vem uma galera - Natal agora pouco você escreveu sobre dignidade e agora coloca um link para piratear na internet. Ora, a base da internet é a cópia. Esses links estão lá, e os Cd's não são baratos, aliás, alguns só existem na internet mesmo. Baixemos pois ou então a net vira a TV, ou seja, um lixo unilateral. 

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Crise de dignidade

Outro dia, ou outra noite, bati meu carro em uma calçada. Errei, confesso. Tomei um prejuízo considerável e uma chance de repensar meus hábitos. No dia seguinte fui checar como tinha ficado a calçada para que eu pudesse mandar consertar. Quando falei isso para algumas pessoas, e também contei que bati às 4h da manhã sem vivalma na rua, fui chamado de besta, otário e outros impropérios.
Tento jogar bola aos finais de semana. Todo sábado vou fazer raiva com o meu futebol pífio na AABB. No último sábado meu time quase levou um gol; nosso goleiro conseguiu salvar a bola por sobre a linha fatal. O atacante, relutantemente, pediu o gol ao juiz e ainda o xingou, mesmo estando bem próximo e sabendo que a bola não entrou.
Conheço um monte de gente que vive muito bem sem trabalhar e sei que isso é um sonho para muitos. A dependência é um vício. Um exemplo: onde estudo. Na Facimp é comum as piores notas estarem ligadas aos mais abastados, sem preocupação alguma.
Para mim, o que meu pai me ensinou está mudando. Não é mais vergonhoso mentir por qualquer coisa ou mesmo não devolver um troco errado ou algo que você encontre pelo chão com a identificação do dono.  Isso é o que eu chamo de crise de dignidade.
Na ausência de responsabilidades as pessoas sobem rapidamente a um nível mais alto do que pensam e isso vai desembocar em uma mania nacional: é muito fácil culpar os outros por tudo. No Brasil, todos sabem da prática já batida e cansada que é falar mal dos políticos. O problema é que, na questão representativa, o político é colocado lá por nós mesmos que depois caímos em devaneios anarquistas sem nem saber do que estamos falando.
Brincar de bicho grilo é muito cômodo. Muitos dos que fazem isso tem um gatonet, um gato de energia ou alguma negligência moral escamoteada. Partamos para as soluções, sem essa de voz que clama no deserto.
A questão não é apenas política, é moral e isso está claro. Só que quem está no micro não aceita ou não enxerga o seu espelho no macro. Mas nem todos são assim, é claro. Como nem todos os políticos são corruptos mas é bem mais fácil generalizar do que averiguar as coisas a fundo e essa é outra mania bem popular.
O Brasil, infelizmente, não é feito só de quem leva a culpa. Na verdade, e essa é a verdade mais triste de tudo, com excessões cada vez mais raras, o Brasil é corrupto como um todo.


Amigos

Melhor que comer manga se melando; melhor que matar um murisóca cheinha de sangue, melhor ainda que coçar aquela frieira no dedão do pé nos punhos da rede; melhor que tudo isso, é estar com os amigos e família.


















segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Stephan Doitschinoff

Não, ele não é alemão.

Mais conhecido como Calma, Stephan Doitschinoff é um paulista que esbraveja sua arte pelo mundo. O tema da religião está sempre presente nas pinturas de cores vibrantes e detalhes viscerais.






Gostou? Clica aqui que tem mais!


Salimp

Bem, a blogosfera tocantina escreve sobre o Salimp nessa semana e eu não poderia fazer diferente. Estive por três vezes nos dois primeiros dias do evento. A estrutura eu já conhecia de uma visita que fiz a cidade de Palmas, na data, imaginava quando Imperatriz teria um espaço montado daquele porte; foi breve, ainda bem.
Passei por todos os estandes (escrevo aportuguesado mesmo) e muita coisa boa e barata está a mostra. Na Ética editora me interessei pelo livro do blogueiro Carlos Hermes, como custava 15 paus fiquei pensando e resolvi arriscar ganhar um de presente do autor (tá lendo Hermes?). Rodando por lá, ainda na entrada, no primeiro estande, muitos livros baratos mas, o melhor de tudo eram os artigos de um réla. E foi assim que Bob Marley quase em tamanho real foi parar na parede da minha sala.
Cinco pilas! E uma máscara de gesso em formato cara de gato decora minha casa.
Procurei um literatura marxista para não dar ferrugem mental no curso de Direito e pasmei quando vi que, justo os livros do velho, eram os mais caros - paradoxal.
Topei com o Luís Diniz, com certeza mirabolando algo para hospedar no seu Hotel Subterrâneo.
Professor Pinho e sua Companhia Ilustre de Teatro estavam por lá. Professor Fernando e professora Regina também.
No domingo pela manhã, um momento de tensão. Fui abordado e depois mantido em cárcere (um semi-aberto) pela vendedora da Barsa Victor que tentava me vender um curso de Inglês. O legal é que começou em 2mil corrós, baixou para 1.200 e depois para milzim; saí de lá pra almoçar e creio que se tivesse ficado por mais quinze minutos levaria o curso debaixo do braço de brinde.
Ranking
- Local de variedade e melhor preço: TOP LIVROS
- Melhores Obras que não estão a venda: BIBLIOTECA PÚBLICA
- Melhores atendentes (Boas atendentes) : ÉTICA EDITORA
- Atendimento mais agressivo (no bom sentido): BARSA VICTOR
- Brindes: EDITORA ABRIL (Mas só balinha e um espelho)
E da-le Porto Franco mais uma semana. Pelo menos sexta tem seresta...

Para começar bem a semana!



Malu, nossa Malu!
Beijo, beijo do dindo!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Era uma vez no oeste


Foto na entrada da Texana em Imperatriz


Os prefeitos do sul do Maranhão deveriam dar uma passada em Porto Franco e olhar o brinco que é essa cidade. Trabalho aqui a quatro anos e a coisa só melhora. Entretanto, os motociclistas andam sem capacete e, em sua grande maioria, são menores de idade, todavia, a maioria da maioria é de meninas - Há!
Mas putaria de verdade, só na Texana, aos domingos, em Imperatriz. Quem quiser arriscar a vida em um ambiente repleto de bêbados armados pode comparecer todo dia do senhor naquele celeiro. Já passa da hora da polícia parar com essa de troca tapas com o proprietário. Para quem lembra, a pendenga começou durante a Expoimp quando, em cenas de guerra, a PM fechou a sucursal do inferno que funcionava dentro do Parque de Exposições, depois da 3h da matina, dando um prejuízo razoável para a casa, já que praticamente todos os clientes saíram sem pagar por conta da confusão.
O poder público tem de garantir a segurança, tiroteios e brigas são comuns por lá.
Acho que o pessoal levou muito a sério essa história de Saloon.



Se ainda tivesse por lá uma Claudia Cardinale, vá lá. Mas nem isso!


Salvamento


Ontem, por volta das 23h, estava de passagem para a Beira Rio ali pela Quinze de Novembro, mais precisamente em frente a igreja de Santa Tereza, quando avistei uma moto e uma jovem no chão já rodeada por populares. Estacionei e fui tentar ajudar - talvez por em prática os diversos treinamentos de salvamento que já participei. Quando cheguei, percebi que eram duas as jovens, uma estava totalmente debaixo do trailer da PM, e essa estava muito mal. Fui tentar ajudar, sem movê-la claro, tentando observar alguma lesão amenizando a dor e a colocando em outra posição depois de examinar a coluna. Tentava fazer isso quando fui retirado do local por um idiota da polícia militar que esbravejava: "Deixa a menina respirar, tu é médico por acaso?!". O troglodita acredita que só um médico pode prestar socorro. Mesmo após eu me identificar e dizer que sou exaustivamente treinado em práticas de salvamento o néscio não me deixou aproximar da vítima. Tentei eu, então, remover a moto que estava impossibilitanto a retirada da moça de debaixo do estábulo da PM quando fui "gentilmente" advertido pelo inepto que a moto deveria ficar lá para a perícia mesmo com o escapamento a queimar o pé da acidentada. Puxei a moto; não sou policial e para mim a dor, mesmo nos outros, é uma coisa desagradável. E a vontade essa hora era de mandar o PM tomar no cu! Ele e esse procedimento imbecil e ignorante!

P.S.: Mandar PM tomar no toba é crime, mesmo que o PM goste e mereça!
P.S.2: Os meus amigos da PM, se não entenderem a minha revolta, podem vir me prender!



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Literatura de Goró


Se você, é diferente de muita gente e precisa de motivo para beber, aqui está um: O Pequeno Livro de Destilados, uma obra da jornalista Suzamara Santos. Conseguindo se manter sóbrio vai lê-lo bem rápido. E por que? O livro é ótimo. Faz uma viagem pelo mundo e mostra os diversos tipos de bebidas desse braço da "marvada". Ainda ensina a fazer drink's, esclarece tudo sobre degustação, tipos de copo e formas de produção. Portanto, se gosta de cachaça, vodka, whisky, conhaque e outras dessas invenções do capeta. Clica no link lá de cima!
Quem não bebe, mas se enche de doce, é preconceituoso e usa os pejorativos "papudinho", "pé de cana", para quem sabe viver, lembre-se: Jesus bebia e fumava, certo que ele sabia ressucitar, mas a viagem é que vale a pena.


P.S. Comprei o meu aqui em Imperatriz numa banca de livros dentro da Facimp.
P.S.2. Toma com caju, limão, carambola, acerola. O importante é que esteja com alguém que goste.
P.S.3 Se eu escrevi um monte de bobagens nesse post, adivinha: O tubo já tá abaixo do meio e a noite tá se indo!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A cabeça do operário!


O que passa na cabeça do operário?
O preço do feijão na cabe no poema e muito menos na postagem. Também não gosto mais de Gullar, não pelo fato de seu Sarneyísmo, mas é que para mim Gullar dói, é mais ferro em brasa que simplesmente um Ferreira qualquer. Para mim Gullar é um poeta do meu passado e desse passado eu só quero Clarice.

Tenso, aqui faz calor! Todo sulista que vem pra cá ganhar uma nota e olhar - tocar e outras coisas - nossas meninas, reclama! Tchau! Ali na cabeça do operário o calor já foi controlado e transformado em dor contida; em um sentimento de ingratidão que eu não digo o porque.

O que eu penso quando estou me rachando no sol, é que esse sol me racha na praia do Cacau vez por outra e quase todo final de semana na piscina semi limpa da AABB. E ela está lá do lado, inimiga número um do calor, Loira, suada, cinzenta como canela de pedreiro!

Esse capacete, esse "Cabo Verde" é história de baiana, uma boa história de baiana, uma boa baiana contando história; e desgraçada me tirou pra escravo e hoje vivo de sol a sol.

A noite, as leis, mas, roubo a coisa pública, às vezes, e estudo ali mesmo na mesa que o governo me empresta, na minha baia. Pra ver se encontro com esse sol só na Praia do Cacau ou na AABB. Pra ver se um dia vai dar pra roubar uma coisa mais importante que mim mesmo.



Faça-me o favor!

Li uma matéria no site da Veja hoje pela manhã:


É cara, deve ser horrível! Voar de helicóptero para a escola e depois ir jantar na Europa.

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Na Suíça, depois de aperfeiçoarem o chocolate e inventarem o relógio cuco, prederam o Polanski. O cara degustou uma jovem em 1977 - isso mesmo - nos Estados Unidos e agora foi preso por conta disso na Suíça.
Famoso na Suíça não é tratado como famoso no Brasil. Se Polanski estivesse aqui daria cursos de como pegar uma gatinha, depois de como o sistema prisional na Suíça é exemplar com celas rústicas e três refeições diárias e só por último falaria de cinema.



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Viver a vida!

Fico imaginando o que porra que esse Manoel Carlos sabe de viver a vida se nas novelas dele os pobres não passam fome e andam sempre nos mesmos lugares dos ricos. E os ricos não trabalham um dia sequer nem pra cuidar da fortuna. Os textos são massivos e, venhamos e convenhamos, o Leblon não tem conteúdo para trezentas novelas.
Senta aí no sofá e sonha minha senhora, enquanto o fumo entra!

P.S. Nas fotos, o galã José Mayer em dois momentos.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Oh novidade!

Tecnologia futurista mostra holograma durante conversa ao celular




Para quem é Jedi isso é o básico do básico desde "muito, muito tempo atrás em uma galáxia muito distante". A opção, as vezes, é usar a telepatia mesmo!




Eu já sabia, desde a década de 70! George Lucas com certeza não é daqui!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Mr. Spock



 Quem, assim como eu, é fã de Star Trek, pode conferir, clicando aqui, o que o nosso querido Leonard Nimoy o eterno Vulcano Mr. Spock anda fazendo. É um ponto de vista da arte que visa o redescobrimento do corpo feminino. As fotos por vezes fazem releituras de pinturas famosas.

Uma prévia:


Vida longa e próspera!

O Diabo e o Professor de História

"Enquanto Freud
Explica as coisas
O diabo fica dando toque..."
 
(Raul Seixas)
 
 

 
O que você faria caro leitor, se fosse convidado para uma reunião com o Senhor Todo Poderoso do Mal; aquele que com o seu ódio assola o ocidente desde tempos imemoriais, aquele que caiu do céu, o filho da manhã, o chifrudo, o capeta, o cão? O que faria você diante dele? Bem, uma pergunta como essa só pode ser respondida com sinceridade por uma pessoa religiosa, aliás, bastante religiosa pois, quem não o é não conseguirá imaginar, realizar, um encontro como esse. Existe também outra alternativa a interpretação, a de que essa pergunta seja feita a uma pessoa insana; nesse caso a crença seria mais contundente, creio eu.
Um grande combatente, docente em nossa cidade, foi convidado a se reunir com o "coisa ruim" para mandar um recado. Ora, com o embasamento histórico massivo que tem, o professor rapidamente percebeu que não seria possível passar o recado ao Pazuzu pelo fato - filosófico - do diabo ser uma representação, apenas. A filosofia não combate o sagrado de ninguém, se o fizesse deveria mudar de nome no mesmo instante. Mas a crítica, para ela, é inevitável, é o oxigênio nos pulmões filosóficos, sem a crítica se morre. E a religião não está no rol dos não criticáveis, simplesmente por que esse rol não existe.
Existe uma coisa similar a religião que talvez até seja seu antepassado que viveu um tempo nobre e hoje amarga as vacas magras em uma categoria menos prestigiada; essa coisa é o folclore. Esse fator é um dos mais prováveis pais da religião atual. Quando se manda alguém para o inferno, quando se xinga ou se fala em céu, no âmago daquelas palavras existe uma cultura de povos mesclada desde muito cedo e enraizada a tal ponto que a ofensa é inevitável, mesmo sem que ninguém saiba onde é o inferno ou como é que se sairia por lá em uma eventual visita - para dar um recado, por exemplo.
Quando há uma união entre religião, folclore e nem sequer uma grama de respeito para com a imagem de ambos, surge a cena que o professor viu na praça. Uma figura folclórica no que talvez seja um último lampejo de uma tentativa há muito frustrata de se ter dignidade a todo custo. Mesmo através de um custo alto, mesmo que para ter dignidade seja preciso pregar uma garoupa numa caixa vazia.
 
 
P.S. : Professor, se mesmo assim resolver ir a reunião com o Tranca-rua, agradeça-o pelo Rock ´n Roll.
 

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Empire Of The Sun


O nome da banda é uma alusão ao romance de J. G. Ballard que posteriormente seria filmado por Steven Spielberg no ano de 1987 - o filme que lançou Christian Bale - e esse figurino do mais novo disco, Walking on a Dream, é baseado em parte na obra prima de George Lucas, Star Wars. O estilo musical do Empire Of The Sun forma seu próprio gênero. No começo parece uma coisa meio anos oitenta, depois a melodia te deixa um tanto grogue e por fim é um barato.
O disco não destoa em um só momento, simplesmente todas as faixas são deglutíveis aos ouvidos comedores de música de qualidade. Uma boa pedida é entrar no site da dupla e conferir também os vídeos disponíveis - os mesmos também estão no youtube - além de imagens psicodélicas e bem produzidas.
A banda é formada por uma dupla - Luke Steele e Nick Littlemore - de potencial produtivo musical incontestável. Pena não ser tão conhecida, talvez por isso seja muito boa.
P.S.: O disco está disponível no 4shared.
P.S.II: Internet é internet, não é pirataria.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Univitelinos

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A seleção da vontade!

Nilmar, nos tempos de Internacional
Ontem o Brasil ganhou mais uma. "Foi contra o Chile", podem dizer os pessimistas, mas essa seleção já dá pinta de que tem saltos bem mais altos a dar pela frente. O Brasil, hoje, tem o melhor selecionado do mundo e me arrisco a dizer que a segunda melhor seleção do mundo está ali no banco de reservas. As vésperas do mundial tem marmanjo comendo a grama para garantir uma vaga.
O ponto alto do jogo foi o atacante Nilmar. Na minha opinião Robinho pode ficar junto com Alexandre Pato para ver a copa pela televisão. O ex-santista há muito pensa que tem lugar cativo e claramente não se esforça. Diante disso, Nilmar ontem fez o que poucos eu já vi fazer dentro de um campo de futebol lotado de estrelas: jogou como aquele peladeiro fominha que corre o campo todo se divertindo e dá a vida por um sábado a tarde junto da galera. Jogou com alegria.
A vontade foi tanta que ofuscou uma defesa bisonha como nunca.
Brasil é franco favorito ao título mundial no ano que vem.
Mas, é como disse meu pai: Em 82...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O Brasil de tudo!

O Brasil, meu país, é o melhor lugar do mundo!

Duas mostras musicais que validam isso: A canção Ogum, de Zeca Pagodinho e Rock and Roll do Led Zeppelin. Ok, eu explico. Ogum é da tradição Umbanda, nas minhas rápidas pesquisas, na Bahia é Santo Antônio, no Rio de Janeiro, São Jorge. Isso é sincretismo e coisa como essa só no Brasil. 
O Rock! O Led Zeppelin é uma banda que dispensa apresentações, é rock roll puro, da fonte. Aí a música do Led chega ao Brasil; sofre influência de um ritmo que tem suas origens tambem na musicalidade africana, e ponto. O resultado, vejam a baixo. Religião, música, ritmo, sem ofensas a outras crenças sem barreiras de inferno ou céu. É só o Brasil!






sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Pátria que pariu!

E começou! Com os olhos fechados para os grevistas a prefeitura de Imperatriz começou a grande bravata que tem a alcunha de semana da pátria. Ora, para quem é patrício tudo bem mas, é a plebe que desfila. Mais adiante aqueles meninos vão - assim como eu - morrer de vergonha de ter torrado o miolo no sol sem saber o porque nem para quê. Afinal, a ordem, pois é isso que um desfile representa, devia ter ficado para as forças armadas, na escola a desordem é que impera.
Na Vila Redenção, onde moro, a rua principal sofreu um breve reparo para acomodar os infantes em um desfile tão patético quanto grotesco. Oh senhor secretário, piçarra para sujar os lechevals da pivetada é cruel demais. Aí visualize: crianças aos montes, fardadas bonitinhas, caminhando na piçarra, uns 38 no termômetro, algumas partículas suspensas no ar - poeira mesmo -, e posteriores complicações respiratórias. Socorrinho.
Alguém tem que falar para o Cabo J. Ribamar que é bom que se interdite uma rua ou que pelo menos sinalize o local antes do lugar onde já estão todos os filhotes se preparando ensaiando os passinhos - eu não vou falar isso para ele, nem se ele vier me questionar na Facimp daqui a pouco.
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Senhores, não bebam, ao menos sem me chamar, e se forem dirigir. A operação Independência já está valendo! Go Cops! Pau na galera, no bom sentido - o bom sentido não é o das costas para a frente. Eu vou beber, tenho quem dirija para mim: essa outra pessoa que meu corpo assume depois do terceiro copo de leveduras.
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E por falar em Cop: Luiz Diniz foi trabalhar no Amarante - segundo ele - mas a polícia civil está de greve e sendo ameaçada pelo secretário de segurança. Entre outras coisas, o distinto senhor falou em cortes de ponto e exonerações para os que ainda estão em estágio probatório - João Baptista, o sumido, também é policial civil, em estágio probatório.
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Alguém, já percebeu a piada?
O secretário de planejamento, o homem que cuida dos investimentos, custos e parte das finanças do Maranhão, o nome do homem:
GASTÃO!
Há!

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E pra finalizar, que semana da pátria que nada! Soldado brasileiro não tem coragem! Soldado bom, valente e destemido que faz T-U-D-O por amor ao seu país e a seu povo é o soldado americano!


segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Meu coração é tricolor!

Time campeão brasileiro em 1984. Em pé: Paulo Victor, Aldo, Jandir, Duílio, Ricardo Gomes e Branco; Agachados: Romerito, Delei, Washington, Assis e Tato.



Nasci em 1984. Meu pai, naquele ano, passava duas grandes alegrias, uma, claro, minha chegada, a outra o primeiro e único título brasileiro do seu clube de coração: Fluminense. Na data, o Tricolor carioca despachava o Vasco da gama sagrando-se campeão nacional sob o comando do técnico que levaria o Brasil ao tetracampenato mundial dez anos depois nos Estados Unidos; Carlos Alberto Parreira.
Quase 25 anos depois o Fluminense parece seguir de vez rumo a uma nova crise, sendo a primeira delas no final dos anos noventa quando o clube chegou ao quase campeonato de várzea da terceira divisão do nacional. Sagrou-se campeão da "terceirona" e em uma manobra de Eurico Miranda e o clube dos treze, pulou da segunda para a primeira sem jogar um jogo.
O futebol é brasileiro, o brasileiro é para o futebol. Até quem nunca tocou em uma bola, se arrisca a dar uma escalação, a criticar um suposto perna de pau ou até mesmo a tirar sarro de um colega por conta de uma derrota. Tão pouco é necessário saber das regras, basta vestir a camisa e ir por jogo, assitir ou jogar.
Imperatriz está prestes a ganhar um novíssimo estádio, uma arena onde todos esperamos ver grandes espetáculos. Todos somos meio que bi-torcedores: "Torce pra quem? - Ah, pro Flamengo, mas aqui em Imperatriz sou cavalino". É dessa forma. O brasileiro se sente a vontade para torcer por um time de uma cidade que ele não conheceu e talvez nunca conheça.
O Carlos Hermes, vai ganhar a cerveja que apostou e vai torcer para Vascão aos domingos e quartas no ano que vem. E o clássico carioca que viveu a final de 1984 tem tudo para não acontecer no campeonato brasileiro do próximo ano; talvez no carioca. Flu, esse ano desce. Não é entregar os pontos, é que sou torcedor, sendo torcedor sou treinador, comentarista e talvez até narrador; tenho uma, digamos, licença poética futebolística, para concluir que o campeão brasileiro de 1984, o vice campeão da libertadores de 2008, vai para a segunda divisão em 2010. Futebol é isso. A caixinha de surpresas raramente funciona.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Vergonha alheia

As bases do PT em todo o país estão envergonhadas. Pudera. Só que as hostes do partido não ligam para isso. A base é a base ora bolas; é a massa de manobra, vai comprar, cozer, mastigar, engolir e digerir - como lhes for conveniente (Collor) - qualquer idéia colocada de cima para baixo. Ah, mas muitos podem dizer que ha um "racha" no partido e que nas eleições para nova direção a coisa muda de figura, que o PT vai se reorganizar para buscar um novo rumo; não vai. Isso não irá acontecer por que quem esta lá no alto, quando cai é para cima.
Em Imperatriz, a manifestação de desprezo pelas manobras vergonhosas no senado, as quais insistem em manter o Dono do Mar na presidência, reverbera nos blogs. É bom. Aqui o PT já teve seu momento de felicidade e ciúme, mas nada que se compare ao papelão que hoje vemos ao vivo pela TV. Aqui a coisa foi em miniatura, e ainda hoje se sente; e vez por outra se fala nisso: "Nos tempos de Jomar...". A verdade é que a base é que fica massacrada. Aguentar um: "Vossa excelência não está sendo sincero", é fácil. Todavia, acordar cedo pra ir trabalhar e dar de cara com aquele seu vizinho que viu no Jornal da Globo mais uma fanfarrice das "lideranças", dizendo: "Rapaz, esse teu partido endireitou mesmo heim?!" Certa vez disse isso a um petista e ele meu deu um soco no nariz. Entendi o nível dele; ficou por isso mesmo. Saber que ele é um troglodita já me basta.
A base! Até pra subir a rampa do palácio foi a base que empurrou o Rolls-Royce. É a cara do que é hoje o PT. A máquina, sem motor ideológico, sendo empurrada por uma base que vai demorar muito para se recuperar desse acidente na estrada.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Viver em Imperatriz

Creio que um lugar como Imperatriz não há. Claro! Viver aqui, até mesmo para quem aqui nasceu não é coisa fácil. Mas se aprende, tudo se aprende. Acho que estou aprendendo a viver em Imperatriz agora. A receita é simples:
1 - Só ligue a tv depois das nove da manhã e desligue antes do meio dia.
2 - Leia os jornais locais para aprimorar sua vida lúdica. Só para isso, apenas.
3- Caminhe todas as tardes - depois das 16:30h pelo amor de Deus - na Beira Rio.
4- Fique até mais tarde na beira rio. Olhe bem quem caminha na beira rio - olhe de novo.
5- Procure um grupo de pessoas, forme um círculo de amizades, não seja sozinho aqui.
6- Estude, estude de verdade, faça teatro, música, dança, malhe - tudo isso tem aqui.
7- Esqueça os restaurantes caros, procure um lugar com comida caseira. É a cara da cidade.
8 -Falando em comida: se você não gosta, aprenda a gostar de panelada. Depois da balada, é ela.
9- Os bares, os bares. Pra quem não bebe, as igrejas. Pra quem gosta dos dois - aqui é Meca.
10 - Leia um bom livro - por que não um autor local? - e visite bons sites: Hotel Subterrâneo, Caderno do JB, Carlos Hermes, Isnande Barros, Moab Cesar - são só alguns daqui.
11 - Durante a tarde procure um abrigo, a noite procure um lugar, uma bebida, na madrugada esteja nos braços de alguém; assim você não vai sofrer com o calor nem com o frio.
12- Reclame, do atendimento, do transporte, das ruas, da miséria. Um dia isso vai melhorar - ou não (Caetano).
Abraços!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O nevoeiro

O Nevoeiro (The Mist, 2007) é um filme forte, como a obra de Stephen King. Minha experiência com as adaptações de King para o cinema são poucas como Carry a Estranha, A espera de um milagre e O Iluminado. Mas nada vindo da tela como O noveiro tinha me chamado tanto a atenção. O filme é um misto te ficção com suspense, mas o que vai deixar muita gente impressionada são os momentos de drama. O desespero do ser humano frente a morte. As diversas reações que mostram como são diferentes os conceitos e que a verdade surge do medo.
O que mais me impressiona diante de uma obra como essa não é o final trágico ou a criatividade de uma fenda no espaço entre dois mundos resultando numa catástrofe de dimensões incalculáveis, o que mais chama a atenção é o tamanho do ser humano diante de tudo isso. O fedor que exala da mente humana ao menor sinal de dor e sofrimento, o descontrole. Isso tudo tem uma expressão bem clara, e o medo velado, silencioso de todo dia, vem a tona quando estamos prestes a perder tudo. A expressão perfeita utilizada por King para mostrar o maior dos desesperos humanos não poderia ser outra: A religião.
Bom filme a todos!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Aniversário de Imperatriz

Já faz tempo, mas só vou postar agora sobre as comemorações do aniversário de Imperatriz. É fato, no quesito circo, Imperatriz ou o governo Madeira soube se portar muito bem. Nos últimos anos nada parecido. Olhei a enrolação do Reginaldo Rossi e curti o show de Papete. Seis da manhã, quando voltava a beira rio para comprar um peixe no mercado, olhei a preparação da idéia nada original do bolo; mas olha aí, nem São Paulo teve bolo esse ano. Imperatriz teve. Mais cedo quando passeava com a meninada, olhei um grupo de b-boys na mesma beira rio. Registrei; tá aí:





Não concordo com o ideal do atual governo, pois governo nenhum tem ideal, pelo menos político não. Aproveito minha cidade, quando dá!


Comes e bebes (parte 2)

Cantina Pernambucana


Por indicação de um dos meus irmãos, na semana passada visitei um pequeno restaurante na Rua Bom Futuro esquina com a Rua Alagoas (ao lado do lava-jato) O Cantina Pernambucana. Bem, fui a procura de um suculento caprino do qual sou fã; não tinha. Optei por um carneiro na brasa - as costelas do ovino. Um prato muito bom. O preço é super camarada e a cerveja estava no ponto.
Imperatriz me surpreende a cada dia nessa parte. Não vou aqui escrever sobre os restaurantes da High Society, não. Minha intenção é passar boas experiências gastronômicas e divulgar esses lugares pelo simples fato de valorizar as coisas da minha cidade.

Fica a dica:

Cantina Pernambucana
Rua Bom Futuro com Alagoas
Fone: 3525-4948

P.S. - O nome do careca proprietário é - por incrível que pareça - Pernambuco.


quarta-feira, 8 de julho de 2009

A primeira noite de um homem


Há meses assinei a cinemateca da veja - um dos poucos produtos da Abril que me valeram alguma coisa nos últimos anos - 50 filmes a míseros R$ 10,00 cada - muito bom. E muito melhor depois que acabei de assistir ao ótimo A primeira noite de um homem (The Graduate - 1967). O filme me chamou a atenção por pura questão filosófica pessoal. Uma historinha simples mas, com umas cenas marcantes e enredo que mataria do coração qualquer família que tenha dormido no tempo por dez anos no tempo. Paixões, traições e loucuras de amor. Esse post não é uma sinopse; não falarei da estréia de um tal Dustin Hoffman para o mundo - com uma cara de menino - em uma bela atuação ao lado da belíssima Katherine Ross. Depois de quebrar todos os conceitos possíveis de uma concepção de família ligeiramente recente que todos julgam tradicional.
No fim, a cena da igreja é impagável. A cruz, que fica para trás trancando todo o mal dentro da própria igreja- é genial. Talvez irresponsável, talvez genial pura e simplesmente pela irresponsabilidade. Quem ainda não viu está perdendo um ótimo filme; quem viu sabe do que eu estou falando.


sexta-feira, 26 de junho de 2009

The King of Pop


Morre Michael Jackson.


O aclamado Rei do Pop faleceu ontem (25/06/2009) na cidade de Los Angeles. Com a morte de Michael se vai um ícone do século XX, por mais que isso não seja importante a algumas pessoas. A cultura Pop, para muitos, não é cultura, é um aspecto popular transitório, não arraigado; é o que ocorre com as ondas de pagode, funk e outros do gênero do submundo da música que volta e meia despontam na mídia para depois aparecer esporadicamente em programas de "por onde anda fulano". Quando se fala de Michael Jackson a história é outra; talvez nenhum outro artista tenha vivido tanto o seu trabalho como ele. Fez-se isso a ponto de chegar às raias da demência. Seus figurinos ultrapassaram a barreira do palco, suas fantasias se tornaram reais - como a vontade de ser Peter Pan, que o fez construir um rancho com o nome de NeverLand, Terra do Nunca, onde morava o menino voador com as crianças perdidas lutando contra o Capitão Gancho.



Michael marcou gerações. Na década de oitenta ninguém foi como ele. O disco Thriller (1982) é o mais vendido da história da música. Na época o astro na ganhou o prêmio da MTV (MTV Awards) o que levaria a própria emissora a elencar esse episódio como uma das dez maiores piadas sem graça da história da música. Desde de jovem Michael se mostrava um artista completo. Sua dança, voz e ritmo não tem precedentes; baladas românticas (You are not alone) e dançantes (Beat it) faziam de Michael um artista de gênero próprio. Clips superproduzidos e impecáveis como o próprio Thriller são inesquecíveis. Coreografias pouco comuns e arrojadas - quem nunca pelo menos tentou o Moonwalk?- eram suas marcas.



Sucesso, fama, uma família desestruturada. A de se falar que Michael durou muito com a saúde debilitada e os sucessivos baques na vida pessoal como os escândalos com pedofilia, devidamente esclarecidos pela justiça americana ao inocentar o cantor em 2005, e sua visível falência. A cabeça de Jackson já dava sinais de fraqueza com o episódio do bebê na janela em 2002. Na época a revista veja publica um número com a manchete de capa: "Michael Jackson, a demência do astro".



Um ídolo se vai, sem dúvidas. Um som no fundo de todas as festas que frequentamos na nossa infância - eu e outros bebês da década de oitenta - e adolescência. Uma imitação de uma coreografia, uma roupa com brilhantes. Morre Michael Jackson, um menino que encantou o mundo, um jovem que conquistou milhões e não chegou a idade adulta.




segunda-feira, 22 de junho de 2009

Um rosto e a face da morte


A morte choca o ser humano, ao menos o ser humano normal. Neda Agha Soltan, a bela jovem de 26 anos que aparece com um sorriso simples e cativante na foto acima publicada pelas agências de notícias no mundo inteiro e fornecida pela correspondência Iraniana da Imprensa popular de dentro do país; morreu. Sua vida se foi depois de ser atingida por um tiro no tórax durante uma manifestação contra o resultado das eleições no seu país. O governo iraniano impede o trabalho da Imprensa internacional, o que é normal em um país onde a democracia, mesmo uma democracia falseada, está longe de ser realidade.
Mas as turbulências trazem os anônimos, Neda não mais morrerá. A imagem forte de seu corpo estendido, seu sangue escorrendo e seus olhos assustados buscando a vida enquanto seus familiares e amigos em desespero tentavam, em vão, socorrê-la, ficará. Essa imagem de Neda jovial, sorridente se tornará uma bandeira. Mais adiante nascerão milhares de Neda pelo mundo umas com o mesmo nome, outras que só terão em comum com a que morreu apenas a repressão machista aliada a uma idéia religiosa idiota, retardada e opressiva.
Antes que digam que estou tentando ficar acima do sagrado dos outros, confesso que apenas me sinto plenamente nivelado com a idéia do bem, e que o caminho para a paz deve fazer um viaduto por cima da estrada esburacada e sangrenta da religião, seja ela qual for. O islã não é um culto menos violento que o cristão, é apenas o foco que muda. O cristianismo superou a fase da guerra santa com o fim da idade média. O islã ainda dá cabo da vida de pessoas em nome de uma idéia ou ser extraterreno. O cristianismo hoje trata a coisa de uma maneira mais fina, ataca as fragilidades e conduz o ser humano indefeso - que geralmente está passando por dificuldades - para um rebanho de adoração em troca de uma vida farta aqui na terra, que normalmente não ocorre sem que se trabalhe bastante e não apenas se ore ou sinta a presença de Deus na sua vida, presença essa que desaparece assim que o medo se vai.
A bela Neda nasceu no Irã, país marcado pela repressão e violência religiosa, pelo machismo, pelo cerceamento do direito de pensar, agir ou viver. Nasceu em um mundo doente, agonizante. Morreu tentando uma breve mudança, uma que não resolverá o problema como todos nós sabemos, mas morreu tentando mudar.
Em certos momentos é preciso dizer não! Esse não vem para a religião, para a autoridade religiosa ou mesmo para Deus, quando qualquer deles tentar destruir o ser humano fisica ou mentalmente.

domingo, 14 de junho de 2009

Uma música para você! (Como prometi)


Atendendo a pedidos; esse vídeo é o tema da semana que passarei fora de Imperatriz. Just for you!





P.S.: Não é o que você está pensando.
P.S.2: Também dedicado a Marta e Miramar.


sábado, 13 de junho de 2009

Boca da Mata Esporte Clube (BEC)

domingo, 7 de junho de 2009

Comes e bebes (Parte 1)

MILAGRES

Na esburacada estrada para João Lisboa próximo ao Camaçari. Restaurante da Milagres. Comecei a frequentar por indicação de um grande amigo, e colou. A comida caseira mais gostosa e distante da cidade de Imperatriz. A fronteira com João Lisboa fica logo perto, mas desviar da buraqueira vale a pena para saborear: galinha caipira, sarapatel, carne de porco, bode -espetacular-, diversos tipos de arroz: fava, misturado, cuxá, branquinho - esqueça as calorias. Tudo quentinho e saboroso. Além, é claro, de uma cerveja super gelada.
O charme fica por conta do quadro bucólico com os bambús e mangueiras. Mesinhas de madeira sem nenhuma preocupação com a estética. Não há luz elétrica, apenas almoço. Não force a barra com o atendimento, procure uma boa companhia e aproveite pra conversar sentido o cheiro bom da comida por entre as árvores.
O preço é irrisório perto do sabor.


Ficha técnica:

Restaurante da Milagres
Local: Estrada para João Lisboa, próximo ao Camaçari.
Especialidade: Comida Caseira




P.S. - Post não comercial


terça-feira, 26 de maio de 2009

Breve vida

Comedido, sempre relutei em escrever sobre religião de maneira aberta ou incisiva em um veículo totalmente livre como a internet. Receoso, não debato, prefiro poupar a mente de quem não vai me entender pelo fato de, às vezes, o óbvio não ter muito a ver com a realidade ou a forma como os outros querem que a pensemos. O que me ocorre agora a cerca da religião é um pouco diferente do que sempre acontecia.


Em anos passados tive a oportunidade de ler a história para poder acompanha-la no seu desdobrar; descobrindo quase de forma automática o que vai acontecer depois de certos "sinais" que a vida nos dá; nada isso tem a ver com premonições é simplesmente lógico, quase matemático - o famoso como dois e dois são quatro. Na minha curta carreira de leitor - nove anos - quis ser psicólogo, estudei um pouco a profissão para saber se era realmente verdade a minha vontade ou apenas estava de passagem na minha cabeça adolescente aquelas idéias de a vida tem que dar certo ou vou morrer sem ter uma casa ou pilotar um carro, ter um barco, mulheres etc. Não era.


A psicologia - pouca - me fez refletir sobre algumas situações de maneira peculiar, e aí vinham os questionamentos. Os porques que incomodavam os professores na escola e os do catecismo. Minha raiz católica não colou em mim. Culpa da minha mãe. Ela é católica demais, foi obrigada a ser, em um lugar no meio do nada sem outra alternativa. Contudo minha mãe detinha um conhecimento que talvez nem ela saiba que o tem até hoje: Mamãe sabia, mesmo que de forma inconsciente, que crianças não tem religião. E o catecismo de domingo pela manhã foi trocado de vez pela Fórmula 1 ou o futebol no campo de terra.


Um dia um velho apareceu na minha vida. Seu olhar nem triste nem alegre, os cabelos assanhados, a grande barba grisalha e todo um mundo de conhecimento ali, naquela estrutura craniana grotesca e singular. Marx. Mas o velho já estava desgastado quando chegou a mim. Suas idéias já não usufriam mais daquele velho prestígio de épocas memoráveis quando se morria pelo ideal. Mas a máxima estava lá ainda flamejante: "O ópio do povo"!


E fui cambaleando, encostado nas tabelas do comum, debruçado sobre o peitoral da ignorância até cair de vez - e ainda hoje caio - no mundo livre S.A..


Claro, tive recaídas. Mas a voz da razão me busca. E a coisa vai se tornando tão nevrálgica, corrosiva e reconfortante. Sou eu. Sim, esse sou eu sem precisar de nada maior nem mais intenso, ou único, puro, onipresente, sábio, rico, esbulhador moral, possessivo, belicoso, violento, vingativo, machista, homofóbico, genocida ou outra fraqueza moral humana que lhe atribuam.


Não é fácil ser assim e perder muitas coisas para garantir, no mínimo a liberdade mental básica de admirar o que é belo e não ter sua "alma" a padecer no inferno pela eternidade. Não é fácil não ceder a essa opressão asquerosa, você foi educado a precisar disso, a clamar quando o sapato te aperta em algum lugar. Você foi estruturado para apelar a essa última instância para que a reforma nas instâncias reais não se operem pelas suas mãos de subalterno.


Não é fácil viver assim, distantes dos seus para ficar perto de você mesmo.


segunda-feira, 4 de maio de 2009

Poesia


Cucurrucucu Paloma

Caetano Veloso

Composição: Tomás Méndez

Dicen que por las noches
No más se le iba en puro llorar
Dicen que no comia
No mas se le iba en puro tomar
Juran que el mismo cielo
Se extremecia al oir su llanto
Como sufria por ella
Que hasta en su muerte la fue llamando

Ay, ay, ay, ay, ay
Cantaba
Ay, ay, ay, ay, ay
Gemia
Ay, ay, ay, ay, ay
Cantaba
De pasión mortal moria

Que una paloma triste
Muy de mañana le vá a cantar
A la casita sola
Con las puertitas de par en par
Juran que esa paloma
No és otra cosa mas que su alma
Que todavia la espera
A que regrese la desdichada
Cucurrucucú
Paloma
Cucurrucucú
No llores
Las piedras jamás
Paloma
Que van a saber
De amores

terça-feira, 28 de abril de 2009

Pior Escola, Brasil.


O MEC divulgou recentemente o ranking das escolas brasileiras baseado na última prova do ENEM. Tocantinópolis segura a lanterna. A "pior"escola do Brasil é da nossa vizinha tocantinense, trata-se da Escola Indígena TEKATOR - é, uma escola indígena.
O resultado da prova já em uma presunção de erro enorme. Como colocar no mesmo ranking uma escola indígena e uma escola de "brancos"? Como fazer uma só prova para realidades sociais tão diversas?
O ensino no Brasil é atrasado, os professores ganham mal, os alunos são evasivos. Isso é sabido, batido e rebatido pela mídia. O que ainda assombra são esses números para uma avaliação que de tão humana não deveria agir como que para autômatos.
Parabéns ao Colégio São Bento do Rio de Janeiro? Parabéns, nada! É uma escola particular que se baseia em números para funcionar; com o resultado do ENEM seus gestores podem majorar a mensalidade sem que os pais ricos, do país pobre, reclamem.
Um país não se faz de número e estatísticas. Um curumim da TEKATOR pode não saber de matemática mas, até que ponto a matemática é, a ele, necessária? Um menino fluminense pode não saber tecer um balaio mas ninguém, por isso, o põe em um ranking em último lugar dos feitores de balaio do Brasil.
Brasil, o país balaio, de uma realidade bem diferente da estatística.


sábado, 25 de abril de 2009

Vossa Excelência

Após a discussão áspera entre o Ministro Joaquim Barbosa - que já figura como herói nacional - e o seu colega de tribunal Gilmar "Dantas" Mendes, ocorreram alguns protestos em Brasília:




A verdade é que as desavenças entre os ministros não são de agora; os dois já rivalizam em debates de idéias desde a UNB; Gilmar foi contra a indicação de Joaquim ao supremo. Depois o mesmo assumiu a presidência no lugar da figura que floreia o STF.
Hoje não há como negar que a imagem do Supremo está maculada. Gilmar é um juiz que interpreta a lei em favor dos altos escalões e não ao gosto da maioria que, cada vez mais, crê na impunidade.
Dizem que o juiz acha que é Deus. Não sei bem se esse axioma jurídico se coaduna com Gilmar Mendes; ele me parece mais o seu antagonista.

Em tempo, o embate:


P.S.: A risada de Gilmar Mendes é algo anormal, fora do comum, indescritível de tão asquerosa.

sábado, 18 de abril de 2009

A coisa das coisas

Marx, em sua obra, escreveu sobre o dinheiro. Para o filósofo, a moeda excedeu o propósito de sua invenção. O dinheiro tornou-se um objeto mutável, ou seja, pode se tornar tudo quanto o homem produz, além de seus próprios sentimentos. O vídeo a seguir é emblemático, parece humor mas há algo sério por trás dessa reportagem. Cada pergunta do repórter Coronato é capciosa assim como o fechamento sublime com a proposta da vodka.





Vi no ótimo O mundo numa mochila

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Retrato de um "Democracia"

Uma eleição acirradíssima, voto a voto, no interior do Estado, a mobilização contra a oligarquia Sarney galgou até que conseguiu: Jackson no poder. Democrático? Pela ótica da democracia atual, onde se é obrigado a votar, sim. Mas existem outros caminhos; veredas essas que só uma velha raposa felpuda (e de bigode) sabe trilhar. Olha só que interessante: o sufrágio, direito/dever de todo cidadão brasileiro é a forma de escolha de um candidato, ponto um. Um tribunal que, no caso , é composto por sete senhores de reconhecido saber jurídico além de conduta e moral ilibadíssimas, decide quem, nesse processo democrático - supostamente - deve ser o eleito ou legítimo a assumir o cargo depois de uma ou duas falcatruas para ambos os lados, ponto dois. Esse tribunal é composto por membros de outros dois tribunais mais advogados que talvez nunca - nunca - estiveram em Imperatriz do Maranhão, ponto três; ponto final, não é você quem decide, jamais o voto será uma escolha ou mesmo um direito respeitado.
Essa é a parte lúdica da democracia, ela no fundo no fundo é uma fraude. Não pelo Jackson ou pelo recém colega cassado na Paraíba, não escrevo por eles. Escrevo simplesmente pela forma idiota como o povo é tratado e como nos é dada uma mentira em lugar de uma verdade que dizem ser incontestável para a manutenção da ordem e da segurança jurídica - instituto esse que só se prima até que uma desgraça venha lhe bater a porta e você venha a precisar passar por um cortejo judicial.
A cassação de Jackson vai servir para macular mais uma vez a história do Estado da pistolagem, da oligarquia, da emasculação, da pobreza, da ignorância, do trabalho escravo, do trabalho infantil, da prostituição infantil e do subdesenvolvimento como causa ou consequência?

Se Jackson não sair do Palácio? Deixem-no. Tranquem as portas pelo lado de fora, deixem que o poder o devore bem devagar, tecido por tecido até as cartilagens. Fechemos o resto do Estado e que fique Roseana a vagar pelos babaçuais espreita atrás das pindobas tentando sobreviver aos vícios e à deterioração do plástico que a recheia. Que fiquem assim entre o mar, o parnaíba e o tocantins os dois, um guardado pelos leões a outra pela sombra da doença. Nós continuemos indo para o nada, mas guiados por nós mesmos.