segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Meu coração é tricolor!

Time campeão brasileiro em 1984. Em pé: Paulo Victor, Aldo, Jandir, Duílio, Ricardo Gomes e Branco; Agachados: Romerito, Delei, Washington, Assis e Tato.



Nasci em 1984. Meu pai, naquele ano, passava duas grandes alegrias, uma, claro, minha chegada, a outra o primeiro e único título brasileiro do seu clube de coração: Fluminense. Na data, o Tricolor carioca despachava o Vasco da gama sagrando-se campeão nacional sob o comando do técnico que levaria o Brasil ao tetracampenato mundial dez anos depois nos Estados Unidos; Carlos Alberto Parreira.
Quase 25 anos depois o Fluminense parece seguir de vez rumo a uma nova crise, sendo a primeira delas no final dos anos noventa quando o clube chegou ao quase campeonato de várzea da terceira divisão do nacional. Sagrou-se campeão da "terceirona" e em uma manobra de Eurico Miranda e o clube dos treze, pulou da segunda para a primeira sem jogar um jogo.
O futebol é brasileiro, o brasileiro é para o futebol. Até quem nunca tocou em uma bola, se arrisca a dar uma escalação, a criticar um suposto perna de pau ou até mesmo a tirar sarro de um colega por conta de uma derrota. Tão pouco é necessário saber das regras, basta vestir a camisa e ir por jogo, assitir ou jogar.
Imperatriz está prestes a ganhar um novíssimo estádio, uma arena onde todos esperamos ver grandes espetáculos. Todos somos meio que bi-torcedores: "Torce pra quem? - Ah, pro Flamengo, mas aqui em Imperatriz sou cavalino". É dessa forma. O brasileiro se sente a vontade para torcer por um time de uma cidade que ele não conheceu e talvez nunca conheça.
O Carlos Hermes, vai ganhar a cerveja que apostou e vai torcer para Vascão aos domingos e quartas no ano que vem. E o clássico carioca que viveu a final de 1984 tem tudo para não acontecer no campeonato brasileiro do próximo ano; talvez no carioca. Flu, esse ano desce. Não é entregar os pontos, é que sou torcedor, sendo torcedor sou treinador, comentarista e talvez até narrador; tenho uma, digamos, licença poética futebolística, para concluir que o campeão brasileiro de 1984, o vice campeão da libertadores de 2008, vai para a segunda divisão em 2010. Futebol é isso. A caixinha de surpresas raramente funciona.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Vergonha alheia

As bases do PT em todo o país estão envergonhadas. Pudera. Só que as hostes do partido não ligam para isso. A base é a base ora bolas; é a massa de manobra, vai comprar, cozer, mastigar, engolir e digerir - como lhes for conveniente (Collor) - qualquer idéia colocada de cima para baixo. Ah, mas muitos podem dizer que ha um "racha" no partido e que nas eleições para nova direção a coisa muda de figura, que o PT vai se reorganizar para buscar um novo rumo; não vai. Isso não irá acontecer por que quem esta lá no alto, quando cai é para cima.
Em Imperatriz, a manifestação de desprezo pelas manobras vergonhosas no senado, as quais insistem em manter o Dono do Mar na presidência, reverbera nos blogs. É bom. Aqui o PT já teve seu momento de felicidade e ciúme, mas nada que se compare ao papelão que hoje vemos ao vivo pela TV. Aqui a coisa foi em miniatura, e ainda hoje se sente; e vez por outra se fala nisso: "Nos tempos de Jomar...". A verdade é que a base é que fica massacrada. Aguentar um: "Vossa excelência não está sendo sincero", é fácil. Todavia, acordar cedo pra ir trabalhar e dar de cara com aquele seu vizinho que viu no Jornal da Globo mais uma fanfarrice das "lideranças", dizendo: "Rapaz, esse teu partido endireitou mesmo heim?!" Certa vez disse isso a um petista e ele meu deu um soco no nariz. Entendi o nível dele; ficou por isso mesmo. Saber que ele é um troglodita já me basta.
A base! Até pra subir a rampa do palácio foi a base que empurrou o Rolls-Royce. É a cara do que é hoje o PT. A máquina, sem motor ideológico, sendo empurrada por uma base que vai demorar muito para se recuperar desse acidente na estrada.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Viver em Imperatriz

Creio que um lugar como Imperatriz não há. Claro! Viver aqui, até mesmo para quem aqui nasceu não é coisa fácil. Mas se aprende, tudo se aprende. Acho que estou aprendendo a viver em Imperatriz agora. A receita é simples:
1 - Só ligue a tv depois das nove da manhã e desligue antes do meio dia.
2 - Leia os jornais locais para aprimorar sua vida lúdica. Só para isso, apenas.
3- Caminhe todas as tardes - depois das 16:30h pelo amor de Deus - na Beira Rio.
4- Fique até mais tarde na beira rio. Olhe bem quem caminha na beira rio - olhe de novo.
5- Procure um grupo de pessoas, forme um círculo de amizades, não seja sozinho aqui.
6- Estude, estude de verdade, faça teatro, música, dança, malhe - tudo isso tem aqui.
7- Esqueça os restaurantes caros, procure um lugar com comida caseira. É a cara da cidade.
8 -Falando em comida: se você não gosta, aprenda a gostar de panelada. Depois da balada, é ela.
9- Os bares, os bares. Pra quem não bebe, as igrejas. Pra quem gosta dos dois - aqui é Meca.
10 - Leia um bom livro - por que não um autor local? - e visite bons sites: Hotel Subterrâneo, Caderno do JB, Carlos Hermes, Isnande Barros, Moab Cesar - são só alguns daqui.
11 - Durante a tarde procure um abrigo, a noite procure um lugar, uma bebida, na madrugada esteja nos braços de alguém; assim você não vai sofrer com o calor nem com o frio.
12- Reclame, do atendimento, do transporte, das ruas, da miséria. Um dia isso vai melhorar - ou não (Caetano).
Abraços!